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A escolha do terapeuta


6 de janeiro de 2014, • Ana Giaxa - Destaques, Psicologia e Cotidiano.

RodinA escolha é complexa porque nela estará envolvida a busca de afinidades entre o paciente e o terapeuta.
De um lado, as expectativas e necessidades do paciente, de outro, os tipos de técnicas de tratamento e estilo de trabalho.
Neste sentido, algumas variáveis como o contexto de vida do paciente e a condição de procura pelo acompanhamento psicológico (espontânea ou recomendada), podem fazer toda a diferença.
Recomenda-se a observação de dois aspectos.

O primeiro deles, quem é o profissional procurado? Optar buscar ou ir numa indicação, já é o primeiro passo terapêutico que o paciente faz por si próprio. É sempre muito produtivo a busca pela afinidade com estilo de trabalho, porque isto é que possibilitará um vínculo terapêutico. Procure referendar a sua busca: converse com amigos ou outros profissionais das áreas da saúde, educação ou trabalho para pedir sugestões. A melhor indicação é ainda o “boca a boca”, porque estará pautada numa experiência, num testemunho de alguém que já colheu benefícios do acompanhamento psicológico desenvolvido. Quando não existe uma indicação ou recomendação prévias, a busca do paciente deve ser nas referências profissionais (currículo e formas de publicidade, ou seja, como o profissional se apresenta). Isto pode ajudar a ficar mais seguro, para iniciar este processo de escolha. Digo processo, porque pode acontecer de precisar agendar consultas com mais de um profissional, a fim de verificar se acontece essa afinidade entre paciente e o terapeuta, a “famosa empatia”. O tratamento é do paciente e ele precisa começar pela sua escolha de quem vai acompanhá-lo, por pequeno ou longo prazo. O importante é a qualidade do vínculo.

O segundo aspecto, a disponibilidade do terapeuta no que diz respeito ao enquadre de horários, honorários, metodologia de tratamento e reconhecer em você, que houve afinidade com o estilo de trabalho dele na primeira consulta de avaliação. Nela, precisará ser identificada uma relação interpessoal de confiança. É exatamente isto que vai autorizar, que as palavras e as técnicas escolhidas e utilizadas pelo terapeuta, lhe caiam bem. Que tenham o valor que merecem, num tratamento psicológico. O tratamento deve fazer diferença na vida do paciente. Sinais disto? Costumo dizer que o tratamento deve funcionar da porta do consultório para fora. A consulta é um espaço construído a dois, mas que possibilita o agir e o pensar fora do consultório. Ao profissional cabe acompanhar e facilitar este processo de autoconhecimento, que visa também instrumentalizar o paciente para recomendações de outros tratamentos, contatos com outros profissionais (uso de medicações, laudos e relatórios), quando indicados.

Estas são as afinidades essenciais para o desenvolvimento favorável de um acompanhamento psicológico.

Quando o paciente é uma criança ou adolescente, o profissional estará atento para averiguar se, além de quem será atendido, os pais ou responsáveis, tem afinidade com o terapeuta também.





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